Pequeno no tamanho, gigante no impacto: o mosquito é considerado o animal mais mortal do planeta. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), doenças transmitidas por mosquitos — como dengue, Zika, chikungunya, febre amarela e malária — resultam em centenas de milhares de óbitos todos os anos. Só a malária, por exemplo, ainda causa mais de 600 mil mortes anuais no mundo.
E é para conscientizar a população sobre o impacto dos mosquitos e reforçar a importância da prevenção das doenças transmitidas por eles, que foi criado o Dia Mundial do Mosquito. A data, 20 de agosto, foi instituída em 1897, em homenagem à descoberta do médico britânico Sir Ronald Ross, que comprovou que o mosquito Anopheles era responsável pela transmissão da malária entre humanos. De lá pra cá descobriu-se que o inseto também podia transmitir outras doenças e, iniciaram-se estudos para identificar como combater esses vetores.
No Brasil, o Aedes aegypti é um dos maiores desafios da saúde pública. Esse mosquito urbano está presente em grande parte do território nacional e é o vetor da dengue, Zika e chikungunya, doenças que afetam milhões de pessoas anualmente e pressionam o sistema de saúde.
Curiosidades e números sobre os mosquitos
- Existem mais de 3.500 espécies de mosquitos no mundo, mas apenas algumas delas transmitem doenças.
- Estima-se que 1 milhão de pessoas morram por ano no planeta em decorrência de doenças transmitidas por mosquitos, o que faz deles os animais mais letais para os seres humanos.
- Apenas as fêmeas picam, pois precisam do sangue para maturar seus ovos.
- Uma fêmea de Aedes aegypti pode “botar” cerca de 100 ovos e elas fazem por volta de 3 posturas ao longo da sua vida. Então, uma fêmea pode colocar cerca de 300 ovos distribuídos em diferentes locais.
- Os Aedes aegypti preferem voar perto do chão, a até aproximadamente 1,5 metros.
- A maioria dos mosquitos voa distâncias curtas, no máximo 400 metros.
- Os mosquitos podem picar o dia todo, sendo preferencialmente pela manhã, por ser um mosquito diurno.

O papel da ciência e da Wolbito do Brasil
O Dia Mundial do Mosquito é uma oportunidade de mostrar como a ciência tem avançado no combate às arboviroses. A Wolbito do Brasil atua com o Método Wolbachia, uma estratégia que envolve uma série de atividades coordenadas, como a análise contínua de dados, ações de educação e engajamento da população local, a liberação controlada de mosquitos Aedes aegypti com Wolbachia — uma bactéria que impede o desenvolvimento dos vírus da dengue, Zika e chikungunya no mosquito, reduzindo assim a transmissão dessas doenças — e o acompanhamento por meio de estudos epidemiológicos rigorosos.
Com essa liberação, os mosquitos vão se reproduzir com os mosquitos locais, transmitindo a Wolbachia para as próximas gerações. Esse processo é autossustentável e torna a comunidade mais protegida dessas doenças.
Celebrar o Dia Mundial do Mosquito não significa homenagear o inseto, mas lembrar a importância de enfrentá-lo com ciência, inovação e colaboração da sociedade. É um momento de reforçar a consciência coletiva de que a luta contra as doenças transmitidas por mosquitos depende tanto da pesquisa científica quanto da participação ativa das comunidades.
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